10 de janeiro de 2011

Uma Aventura passageira


Acordei assustada. Quando me sentei na cama o quarto girou. Olhei para o meu lado, a pessoa que se encontrava apagada ali não poderia ter passado a noite comigo.
Agora estava sentada na cama, pensando no que eu fiz...! Me bateu um desespero, não poderia mais ficar ali, me levantei e fui para o banheiro lavar meu rosto, capaz que isso iria ajudar a apagar a noite anterior. Ouvi um barulho no como ao qual eu me encontrava antes, tomei coragem e voltei para lá.
- Não acredito que fizemos isso... Como isso foi acontecer? – O garoto que estava sentado na cama deixou cair lágrimas ao dizer isso.
- Não sei... – Eu disse passando a mão pelo rosto pela milésima vez desde que acordei. – Mas não deveria ter acontecido...
- EU SEI DISSO CARALHO, MAS ACONTECEU PORRA! – Karl gritou, fazendo com que eu quase caísse, a ressaca ainda era forte e com a altura do timbre dele me deu uma tontura.
- PARA DE GRITAR! – Eu gritei me arrependendo do ato em seguida, mas não demonstrei. – O James vai acordar.
- E agora? O que nós vamos fazer? – Karl perguntou preocupado.
- Primeiramente eu vou sair daqui antes que seu pai veja que eu dormi aqui! – Eu disse me dirigindo para a porta. Iria deitar na cama do quarto de hospedes antes que James fosse procurar por mim, era cedo ainda, então ele deveria estar dormindo.
- O que você vai dizer para ele? – Olhei para o garoto na cama, ele estava mais atraente do que sempre. Eu havia me casado com o pai dele quando ele ainda morava na Europa, quando ele voltou, eu senti uma atração muito forte por ele, mas nunca tinha demonstrado nada do que sentia para ninguém... Até a noite passada... Na qual eu briguei com James por ter esquecido o aniversário do nosso casamento, e que de raiva eu saí para a balada.
- Não sei... – Saí para fora e fui na ponta do pé para o quarto de hóspedes, me deitei, era cedo, mas não consegui dormir e as cenas da noite passada não saiam da minha mente.


ON Flashback
Eu estava bêbada na pista, dançando com quem quisesse dançar comigo. Não sei quando foi, mas quando percebi, eu estava dançando com um cara que começou a passar a mão no meu corpo, eu tentei afastá-lo, mas ele me abraçou e foi me arrastando para um canto onde não tinha ninguém. O cara fedia a cigarro misturado com álcool, aquilo estava me dando enjôo, quando ele tocou os lábios nos meus eu tentei empurrá-lo, mas ele segurou meus pulsos e me prensou contra a parede. Fiquei desesperada, e de repente ele estava longe de mim, no chão, senti alguém puxando meu pulso e logo as luzes da boate estavam em meus olhos novamente, logo vi quem era o meu salvador.
- O que você faz aqui? – Perguntei para Karl assim que saímos pela porta da boate.
- Meu pai mandou eu vir cuidar de você – ele disse completando a frase com um riso sarcástico no final, que eu não entendi.
-Não quero ir embora, vou voltar para a boate! – Eu disse virando de costas para ele. Mas logo senti ele segurando meu braço de novo.
- Não vai não voltar para... – Ele falou me olhando fixamente.
- Me solta, você não manda em mim, é mais fácil eu mandar em você! – Eu o interrompi tentando me livrar das mãos dele.
- Você não vai voltar para lá... Sozinha – Ele sorriu erguendo a sobrancelha esquerda e foi me puxando de volta para o estabelecimento barulhento.
Quando chegamos ele foi buscar bebidas para nós, eu que já estava meio bêbada depois de mais três cervejas já estava rindo de qualquer coisa. Estávamos dançando quando de repente ele me puxou para fora da boate.
- Onde nós vamos? – Eu perguntava rindo enquanto praticamente corria enquanto acompanhando o ritmo rápido que ele se dirigia para algum lugar que não era o carro. Ele riu também e parou bruscamente fazendo com que eu batesse fortemente contra ele.
- Vou te levar para o paraíso! – Ele disse olhando fundo nos meus olhos, eu parei de rir na hora e ele já estava sério.
- Para com isso, vamos para casa! – Eu disse, mas não consegui tirar os pés do lugar, até porque ele me agarrou a cintura, me prensando contra o corpo dele. Minha respiração falhou nesse momento. Eu podia sentir a respiração dele bem próxima do meu rosto.
- Eu prefiro ficar aqui – Ele disse se aproximando de mim até selar nossos lábios com um selinho, pedindo passagem para aprofundar o beijo, o que eu não consegui ou não queria evitar...
O beijo foi ficando mais intenso, nossas mãos passeava pelo corpo um do outro, a respiração era ofegante.
- Não deveríamos... Estar... Fazendo isso... – Eu disse entre um beijo e outro.
- Eu sei... Mas agora... Já é... Tarde demais... – Ele disse e eu concordei com a cabeça. Não poderíamos fazer nada ali então puxei ele para o carro.
- Mas se vamos fazer isso é melhor que seja em um lugar onde não tenha conhecidos – eu disse enquanto ele destravava o alarme e abria a porta para mim entrar.
- Para onde vamos? – Ele perguntou ligando o carro e saindo do estacionamento.
- Não sei, para qualquer lugar – eu disse sorrindo e ele passou a mão na minha perna nua.
- Você gosta de perigo? – Ele perguntou com um olhar cheio de malícia que eu retribuí. E ele entendeu que era como um sim...
OFF Flashback


Me levantei e fui para o banheiro tomar um banho desistindo de tentar dormir de novo, o que eu deveria fazer porque fique quase a noite toda acordada, mas a tensão era tanta que eu não conseguia. A noite passada ia ficar me rondando, me culpando... Tudo bem, sou casada com um homem de 38 anos sendo 18 anos mais velho que eu e transei com o filho dele que tem a minha idade, 20 anos.
Entrei no chuveiro e a água quente não ajudou em nada...


ON Flashback
Eu estava deitada na cama olhando para Karl tirando a roupa, fazendo um strip-tease para mim, mas como estávamos no quarto dele e na casa na qual morávamos e o pai dele estava na casa não poderíamos fazer muito barulho. Quando ele terminou o strip eu o puxei pelos braços para se deitar comigo.
- Nem acredito que estamos fazendo isso... – eu disse bebendo um gole de cerveja que tínhamos pegado antes de subirmos, quando dei por mim Karl já estava me dando um beijo quente, e eu podia sentir o volume por baixo da boxer, a única peça que restava no corpo dele, meu vestido também estava no chão. Senti ele colocar a mão por dentro do meu sutiã e acariciar meu peito, arfei baixo. Ele foi me beijando por todo o pescoço, busto e barriga até chegar na minha intimidade. Senti sua língua penetrar a região interna do meu órgão e gemi de prazer. Ele começou com movimentos lentos enquanto apertava minhas coxas fazendo carinho e aumentando meu tesão. Ficou naquilo por alguns minutos, para meu desespero, eu não estava mais agüentando e o puxei para cima, e o beijei. Ele entendeu o que eu queria e me olhou fundo e levantou, antes que eu pudesse ver onde ele tinha ido ele estava de volta com um pacotinho na mão. Ele o rasgou rapidamente e colocou a camisinha no seu membro, se posicionando entre minhas pernas logo em seguida, me lançou o ultimo olhar antes de me penetrar com força, gemi de prazer e apertei minhas unhas nas costas dele e ele começou a variar as estocadas, ele começava lentamente e quando começava a pegar um ritmo bom ele voltava a ficar de vagar, era quando eu apertava minhas unhas nas suas costas novamente. Foi torturante assim até ele não conseguir mais se controlar e começou a aumentar o ritmo freneticamente. Algum tempo depois chegamos ao orgasmo juntos. Fiquei deitada sobre o peito dele mexendo nos lençóis e ele alisando meus cabelos. Não dissemos nada, eu não deveria estar fazendo aquilo, mas eu não podia evitar, era mais forte que eu. Acabei adormecendo. Acordei assuntada.
OFF Flashback




Saí do chuveiro e quando fui para o quarto James me esperava sentado na cama.
- Precisamos conversar! – Ele estava sério.
- Eu sei – Respondi temendo que ele tivesse descoberto da noite anterior, mas acho que não porque ele não estaria tão pacifico se soubesse o que eu fiz. – Mas vou me vestir primeiro, posso? – Fui seca com ele, que apenas se levantou e saiu pela porta sem dizer nada.

°°°

Estava sentada na cama do meu quarto, o que eu divido com o James, olhando o cara andando de um lado para o outro.
- Você saiu e bebeu todas porque eu me esqueci do aniversário do nosso casamento? – Ele perguntou passando a mão no cabelo como sinal de nervosismo.
- Sim, eu queria esquecer que meu marido dá mais valor ao trabalho do que para a mulher! – Eu disse calmamente, posso estar parecendo uma mulher sínica, mas era verdade o que eu disse e ninguém precisava saber do que eu fiz com o Kar, só eu e ele e ninguém mais, isso iria ficar enterrado, esquecido como se nunca tivesse acontecido.
James me olhou parecendo surpreso com minhas palavras.
- Eu não dou mais valor ao meu trabalho do que para você, nunca mais repita isso – ele disse se sentando ao meu lado e pegando minha mão. – Eu te amo muito, não quero te perder! – Ele disse beijando minha mão.
- Não parece, sabe, eu achei que ontem iríamos há algum restaurante para comemorar, eu até te comprei um presente! – Eu disse apontando para o meu closet. Em seguida eu me levantei e peguei um pequeno pacotinho dentro do closet e entreguei para ele.
Era um relógio Jaeger-LeCoultre com uma foto nossa como plano de fundo. Ele me olhou confuso.
- Me desculpa Ann, por favor, eu te amo tanto... – Ele disse com uma voz rouca. – Eu prometo que nunca mais esqueço nada, eu confesso que errei, mas estou arrependido...
Interrompi o pedido de desculpas dele com um beijo e quando eu me afastei ele sorria, eu não iria deixar uma aventura qualquer acabar com aquilo. Eu amo Jame, o Karl foi só um caso à parte.
- Não precisa pedir desculpas – eu disse sentindo culpa por ele pedir desculpas, sendo que eu o tinha traído.
- Mas eu quero, você me perdoa? – Ele disse se ajoelhando o que me fez ficar com o coração apertado. Eu o levantei e o fiz sentar ao meu lado.
- Você quem tem que me perdoar por ter sido tão infantil – eu disse sorrindo para ele.
- Parece que nós dois achamos que fizemos coisas erradas hein... Que tal esquecermos isso?
- Boa idéia – Eu concordei e ele me deu um selinho. Descemos para tomar o café da manhã e Karl ainda não tinha descido. O que era bom, eu não queria comer lembrando da noite passada.
A felicidade durou pouco porque alguns minutos depois ele desceu.
- Bom dia filho! – James disse sorridente.
- Bom dia pai! Bom dia Anna! – Karl estava sorrindo igual o pai.
- Bom dia – respondi forçando um sorriso.
- Dormiu bem? No quarto de hospedes? Você ficou falando que queria dormir lá e então eu te levei... – Entrei no jogo de Karl, sabia que ele estava fazendo com que James não desconfiasse de nada.
- Sim, tirando a ressaca que eu acordei, eu dormi bem! – Disse dando de ombros, eu não conseguiria rir.
- Que bom – Ele disse passando manteiga no pão.
- Filho, você trouxe alguém para casa? Cadê ela? Eu ouvi você falando com alguém no seu quarto! – Eu gelei quando ele disse isso.
- Ela saiu cedo, disse que precisava ir trabalhar... – Fiquei impressionada com a forma com que o garoto inventava as desculpas mais esfarrapadas do mundo.
- Mas hoje é domingo! – James disse confuso.
- É, parece que ela trabalha em um mercado, sei lá... – Ele disse dando de ombros e se levantando da mesa levando o pão que ele passava a manteiga com ele. – Vou sair...
- Karl, come primeiro filho – James falou, mas nem adiantou nada, o garoto saiu da cozinha igual uma bala. – Esse menino não tem jeito mesmo...
Não disse mais nada, fiquei comendo em silencio. O dia passou tranqüilo, quando foi a noite James recebeu uma ligação da empresa. Ele teria que viajar para a Europa no dia seguinte. Com receio de que eu não fosse gostar ele pensou em recusar e mandar alguém no seu lugar ou que eu fosse com ele. Mas eu disse que ele poderia ir, quando voltasse ele me pagava a divida dele. Ele sorriu e concordou comigo.

°°°

No outro dia cedo James pegou o avião para Paris e eu fui com ele até o aeroporto. Quando voltei para casa Karl estava deitado no sofá, passei direto por ele, desde a manhã do dia anterior que eu não falava com ele sobre o que aconteceu e pretendia continuar assim para sempre. Fui na cozinha e abri a geladeira e peguei a jarra de água, quando me virei Karl estava atrás de mim me lançando um olhar pervertido. Eu desviei dele e peguei um copo, depositando água nele, de costas para o garoto, não gostava do jeito que ele me olhava. Ele veio por trás de mim e me abraçou.
- Não posso fazer mais isso... – Eu disse respirando fundo. – A noite passada foi um deslize, entenda isso...
- Não, eu não vou conseguir ficar longe de você... – Ele disse dando um beijo no meu ombro.
- Mas vai ter que conseguir! – Eu não sei de onde eu tirei a força para me afastar dele e dizer isso. – Daqui para frente a nossa relação vai ser igual sempre foi, trate de esquecer o que aconteceu, finja que nunca aconteceu aquilo...
- Vai dizer que você não gostou? – Ele perguntou com uma imensa cara de pau.
- Foi bom, mas eu amo seu pai – Eu disse e ele ficou sério.
- Então está bem, como você quiser! – Ele disse saindo da cozinha. Eu me encostei na bancada e fiquei algum tempo pensando em como seria difícil a convivência naquela casa dali pra frente. Mas eu era forte e iria resistir.

°°°

Eu estava no aeroporto esperando James, quando ele apareceu eu corri para ele e lhe dei um beijo. Três dias longe. Três dias sozinha em casa com Karl. Três dias de tortura. Agora eu estava com o homem que eu realmente amo. Karl era apenas desejo físico...

Karl - Point Of View
Depois da noite que eu tive com Anna eu não conseguia mais pensar em nenhuma outra garota. Era difícil para mim, eu sempre fui um garanhão... Agora toda vez que eu saia com uma garota eu ficava pensando na mulher do meu pai e na hora H eu desistia. Comecei a ficar em casa, quando meus amigos me ligavam eu dizia que não estava bem para sair então quando eles queriam me ver iam lá em casa. Minha vida estava totalmente mudado e ela nem ligava para mim, fui atrás dela algumas vezes e ela sempre me rejeitava.
Então uma noite que meu pai viajou eu resolvi passar por cima do que sentia e saí para festar e bebi até quase cair. Não sei como fui parar em casa só sei que quando eu acordei estava na cama com uma garota. Logo veio na mente o que eu tinha feito. A garota que estava comigo era uma amiga que me levou para casa, eu sempre tive uma atração por ela, mas ela nunca me deu moral, porém agora ela estava comigo. Quando ela acordou eu fiquei admirando ela e decidi que precisava de uma mulher só para mim para me fazer esquecer Anna. Algum tempo depois estávamos namorando. Casamos e eu descobri que poderia ser feliz com ela, porém eu nunca me esqueci daquela noite.



N/A: Uma tentativa de fic restrita aqui *escondendo a cara* não ficou muito boa, mas foi o melhor que consegui hihih, bom aproveitem, não tenho muito o que falar dessa história, apenas que foi uma fic feita num dia entediado shaushaush (Era para ser uma fic interativa, mas o blog bugou essa e não aparecia os nomes, eu refiz muitas vezes o script mas não deu, sorry DD=)

Um comentário:

Tay disse...

AAAAH amei a fanfic *-*

bjus =*